quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Day 3 in Los Angeles

Acalmem-se! Demorou mas chegou a postagem =D

Mas podem ficar tristes de novo (ahhhhhhh) porque eu não vou continuar o dia de ontem como eu tinha prometido. Quer dizer, pelo menos não mencionando o supermercado. Tava pensando com meus botões e resolvi que farei as postagens daqui em diante da seguinte forma: qualquer coisa que seja temática (já explico) merecerá um post independente. E é por isso que o supermercado vai ficar para outra hora. Assim eu reduzo o tamanho das postagens, que por consequência serão postadas mais cedo, e aumentará minha frequência aqui no blog. Quem sabe eu não consiga postar umas três coisas num mesmo dia? Separando assim fica mais fácil e até mais organizado.

Sobre postagens temáticas vão ser tipo sobre supermercado, comidas, lugares, lojas, trânsito... essas coisas. “Adiando” essas postagens me dá mais tempo para eu conseguir mais conteúdo (ou seja, fotos e conhecimento) e não me restrinjo a apenas um lugar, tipo falar de supermercado só baseado no Target.

Vou só terminar o dia de ontem e ir para o dia de hoje, fechado? Sim, fechado. Quem decide sou eu =p

Tava um solzinho ontem e eu resolvi ir ao supermercado de bermuda e camisa, bem brasileirão. Só não saí de chinelo porque é com ele que eu posso andar dentro de casa, aí sujar ia ser chatão. Só tinha passado por aquele caminho até então uma vez, que foi quando a Sashi me levou de carro (mesmo sendo perto) para comprar o bus-pass, mas estava fechado. Mesmo assim me arrisquei a ir sozinho e a pé mesmo, sabia que era perto.

Lá fui eu com fone de ouvido, carteira no bolso, celular na mão (porque aqui ninguém vai meter a mão nos seus eletrônicos, chupa Brasil u_u) com ventinho fresco na cara... maior fidalguice impossível (alô @izzynobre).

Pronto, já avistava o supermercado, aquele bagulhão gigante (já perdi as contas de quantas vezes escrevi “gigante” no blog, to com complexo de smurf eu acho) do outro lado da rua. O negócio é: onde eu ia atravessar?

Vou detalhar as ruas e o trânsito aqui depois num post temático, mas para não ficar a lacuna, preciso dizer que as ruas aqui, exceto em áreas domiciliares, costumam ser bem largas e de mão dupla. Imagina ter que atravessar a Avenida Brasil de um lado a outro. Pois é, é mais ou menos essa a distância. Entre onde eu tava e o supermercado nem tanto, mas era bem espaçoso.

Fui lá pro sinal como todo pedestre que preza por sua vida e bem-estar para atravessar na faixa. Chegando lá, cadê faixa? Xumiu. E Rafaelzinho? Se fu***. Parei para pensar um pouco, porque é claro que tinha que haver um lugar para pedestre passar. Avistava alguém do outro lado da rua, e resolvi fazer como alguém viajando na maionese: imitar. A forma que o rapazinho ia fazer para atravessar eu ia fazer também. Eis que o sinal finalmente fecha para todos os lados (é o maior cruzamento aqui!) e o rapaz anda tranquilamente pelo meio da rua. Depois de ficar com cara de idiota por uns 2 segundos, reparei que existiam duas linhas no chão. Um delimitava o espaço onde o carro tinha que parar; o outro onde terminava a faixa - invisível - de pedestre. CADÊ AS LISTRINHAS? Assim fica difícil identificar, né companheiro? Tratem de ajeitar isso até eu voltar.

Atravessei e cheguei ao meu destino. Fiz as compras e aproveitei que tinha uma Starbucks lá (como tem em tudo quanto é lugar nesta cidade) para tomar um frappuccino mocha, dessa vez pronunciando certo hehe

E lá estava eu, voltando pra casa com sacola da Target numa mão, copo da Starbucks na outra e, como se já não tivesse me achando um nativo, eis que surge uma chinesa perdida me pedindo informação. E o melhor: EU SABIA EXPLICAR! Ok, era bem fácil, mas tu sabe como criança fica feliz por conseguir passar da fase 1 do Sonic, né? Foi bem isso. ME SENTI! Voltei pra casa todo prosa, crente que eu já tava até loiro de olhos azuis de tão inserido na cultura americana que eu estava. Até que o dia começou a esfriar e ventar, e eu de bermuda e camisa. Tentei manter o carão de quem não tava sentindo nada, mas na hora que vi a galera que mora aqui portando um casaco felpudo e gorrinho na cabeça, me permiti sentir frio. Apertei o passo e cheguei logo em casa. Porta tava aberta com todo mundo em casa. QUANDO EU PRECISO SAIR NÃO TEM NINGUÉM, NÉ? u_u

Ao chegar, isso lá pras 18h, fui pro quarto trocar de roupa, me aquecer e me comunicar com ustedes. Aí que o Randolf me visou que o Kahlik (já escrevi assim?) estava na cozinha. Levantei e avisei que ia lá cumprimentá-lo, mas o chineca me advertiu que o inglês dele é muito, muito fraco. Eu pensando “bom, se entendo alunos de Basic 1, o que seria de um cara que já tá aqui há 1 mês?”. Lá fui eu: “Hey, man, I’m Rafael. What about you?”. Silêncio. Fui na técnica do Tarzan e Jane, aí sim ele falou o nome, baixinho e com mó cara de “de onde esse careca surgiu?”. Ainda por cima ignorou meu prazer em conhecê-lo. Curti não.

Mais tarde o Dima (Roussef xD) veio aqui no quarto para combinar que fôssemos juntos pra escola no dia seguinte, porque também era o primeiro dia dele e o Calique (assim eu ainda não escrevi hahaha) já sabia o caminho. Depois que me toquei, imagina o muçulmano ensinando o caminho com aquele inglês afiado dele... ã ã (existe esta interjeição assim?).

Jantei, escovei os dentes, fiz a barba logo para não demorar no banheiro de manhã e parti pro ronco, tinha que acordar cedo no dia seguinte.

Acordei às 5:40 como tinha programado o alarme do celular, mas como sempre dei aquela cochilada e voltei ao estado de olhos abertos às 6h. Corri pro banheiro, fiz minhas coisas e saí de lá às 6:45, por aí. Olha que punitinho que eu estava arrumadinho =)

Voltei pro quarto, mexi um pouco na internet com a senha concedida ilegalmente e fui fazer meu café da manhã. Dessa vez Sashi não deixou nada demais em cima da bancada, só os pães que aparentemente já ficam lá eternamente até acabarem. Como tinha gente acordada, nem arrisquei em fazer meu chocolate milk de novo rs Esquentei a água, fiz o chá de laranja lá do saquinho e me sentei à mesa para comer. Na metade do meu pão com manteiga, apareceu Dima perguntando se eu ia com eles. Falei que sim e fui tomar meu chá, me certificando que estava numa temperatura bebestível rs

1 minuto depois ouço “Do you go?”, disse que sim e ouvi o barulho da porta se abrindo. Tratei de sugar todo o chá de uma vez, típico de como eu mando meus alunos ingerirem a comida deles quando eles aparecem com elas em sala de aula. É, vocês se vingaram! Estava lavando a louça quando ouço mais um, dessa vez enfeitada com meu nome evocado em tom um tanto voraz “Rafael, do YOU go?”. Só pude responder “on my way, just a second!” e voei pra sala para calçar meu tênis. Isso o russin me observando e o muçulmano lá do lado de fora ouvindo a música dele no fone, bem social rs

Voltei pro quarto para deixar meu chinelo e sair e no caminho ouço algo em russo que provavelmente seria “poooooooorra” em português. Ué, eu ia largar meu chinelinho da Mormaii na sala? Nada a ver né.

Saímos, fomos a pé pro ponto com nosso guia meio-língue (é, porque do jeito que ele é social acho que até a própria língua ele fala pela metade) à frente. Chegou o busão (post temático depois sobre trânsito com detalhes ;D), pegamos, fizemos a baldeação e finalmente chegamos à Kaplan.

A escola é até grandinha para um curso de inglês em um país que se fala inglês. Chegando lá enfrentamos uma fila dos alunos novos para entrega de documentos e fomos mandados pra nossa sala. Ah, antes de ir pra sala, na nossa frente tinha um grupo de brasileiros e um francês. Eles estavam respeitando o Nicholas (se fala /Nicolá/) e falando em inglês para ele entender. Quero dizer, inglês é o que elas pensam que estava falando. Vergonha alheia tensa ali, mas nem me meti para intervir, larguei-as lá queimando o filme do meu país. Mais tarde eu reelevaria o nível, afinal sou um nativo que dá informações para perdidos na Califórnia rs

Recebemos um formulário para preencher, depois rolou o clássico Find Someone Who pra gente ir conhecendo as pessoas. Eles chamam isso de game, eu chamo de cha-ti-ce. Mas, não tinha outro jeito... Depois eu faço um workshop com o crew da Kaplan para ensinar brincadeiras em que os alunos voltam com a mão ralada para casa, né Lelê? Hahaha (culpa da Júlia, não olha para mim).

Achei legal que todo mundo estava indo falar comigo, até que percebi que todos estavam chegando a mim apenas para saber meu nome, porque só eu e mais uma estavam usando óculos. Minha paciência se esgotou rápido e assim que a pessoa olhava pra minha cara eu já dizia “Yeah, I’m wearing glasses. R-A-F-A-E-L. Nice to meet you”. Simpatia tem limite rs

Depois fizemos um teste para nivelar a galera. 50 questões de listening e 75 de grammar. Todas com múltipla escolha e cartão resposta. Gostei do teste e acho que fui bem. Vou pegar amanhã meu score. Se errei acho que foram no máximo umas 5 no total, que foram as que fiquei em dúvida. Engraçado que conforme eu ia fazendo ia lembrando das minhas aulas ensinando aquelas coisas, tipo Wish, Tag Question e tal ^^

Feito o teste, entraram outros professores para falar sobre regras. Tinha uma lá que tinha um decote quase no umbigo. Mas calma, nem era atraente porque os peitos estavam perto do joelho. Ainda tiro uma foto pra provar. Quando chegou o Tyler as meninas ficaram todas ouriçadas. Tá, o cara é bonito e gente boa. Ele que é responsável pelas atividades extra-curriculares, tipo visita à Disneyland e jogo dos Lakers x Maverick (basquete, para quem não conhece). Nós recebemos inclusive um calendário de Janeiro com toda a programação extra-curricular, muito maneiro! O que não falta é coisa para se fazer.

Aqui estão algumas folhas que recebi dando orientações sobre o curso e tal...

Pausa para o almoço, eu ia me encontrar com o apressadinho mas como fizeram o favor de colocá-lo em outra sala de iniciantes, ele acabou conhecendo outros russos e ficando no grupinho de lá, onde todos fumavam. Decidi ir almoçar sozinho.

Primeira barreira encontrada: aonde eu vou comer? Starbucks é do lado da Kaplan e não tem almoço, muita sacanagem isso. Burger King nem adianta, comer só pão com carne não ia rolar. Não tinha nenhum McDonald’s à vista. Resolvi rodar o lugar para achar. Acabei almoçando sanduíche (story of my life) numa espécie de padaria. Bakery seria padaria em português, mas não é que nem no Brasil, não. É tipo um fast food com coisa de padaria. Enfim, você entendeu né? Depois posto fotos e explico melhor como funciona lá porque, como já era de se esperar, eu paguei mico.

Voltamos pra Kaplan depois do intervalo para receber nossos documentos de volta. Antes disso Tyler deu uma pincelada sobre o que nós poderíamos encontrar ali perto. Tiramos uma foto das duas turmas de iniciantes juntos e assim que ela aparecer em algum lugar eu posto aqui.

APARECEU! Agora quero ver você me achar xD

Liberados, Dima perguntou se eu queria rodar com a turminha dele, mas para andar de Maria fumaça eu volto pro Brasil. Fui sozinho conhecer a área.

Entrei em um monte de lojinha, fui nos lugares recomendados e achei duas latas de Pringles (maior que as daí) por US$3.00. Sim, 3 dólares por duas latonas de Pringles yay! E ainda achei uma caixinha com balas mastigáveis de Angry Birds *-* Comprei e parei por aí, chega de gastar dinheiro.

Depois de muito rodar, hora de voltar para casa. Já estava escurecendo e eu ficando tenso porque na hora de ir pro curso eu fui guiado e tava claro, né. E agora que eu tava Alone In The DarkTM? Bom, não tinha outra opção a não ser me virar e fazer o caminho contrário. E deu certo, nem precisei pedir muita informação. Ao descer no ponto, comprei logo o bus-pass (US$75.00, um tanto caro mas é mais econômico e seguro do que pagar sempre em dinheiro) e voltei pra casa.

Daí foi o trivial, no big deal. Sashi chegou tarde em casa (ai, danada!), pedi a ela a chave daqui e perguntei se posso receber ligações no telefone daqui oriundas dos EUA mesmo e ela disse que não tinha problema. Kyle, já pode me ligar. O número está na sua inbox ;D

E lá se foi mais um dia (e meio). Vou dormir agora. São 23:50 e amanhã eu preciso acordar mais cedo porque é dia de pegar o material didático, e isso será feito às 8h em ponto. Isso quer dizer que temos que sair de casa às 7:10 no máximo, porque ainda tem um pedacinho a pé. Só preciso guardar minhas "comprinhas" de hoje ;D

Espero que tenham gostado, apesar de não muito detalhado como os outros dois. É, não teve foto porque meu celular tá carregando e eu não to com muito tempo para montar tudo.

Vou terminar o bate-papo com o Randolf agora e ir dormir. Tchau o/


Obs.: Se tiver alguma ideia de post temático (tipo aqueles que eu escrevi ali em cima) pode escrever nos comentários, tanto do blog, quanto no Facebook, quanto no Twitter ;D

4 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkk.. Eu tenho a marca dessa brincadeira até hoje! Faz o workshop, ai é bom que todos eles ficam com uma cicatriz pra lembrar desse experiência.. kkkk
    Beijos

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  2. Dos criadores de " Ache o gato na foto" agora vem aí ... " Ache o Rafael na foto" já achei u.u

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